Com o Metaverso, tempo e espaço dão lugar à criatividade e às novas experiências 

Por BRUNNA BUSCH
março, 23

Para quem passou pelos bancos da escola nos anos 80 e 90, é quase possível sentir o cheiro invadindo a sala de aula quando lembramos das inúmeras cópias que ganhavam vida por meio do mimeógrafo. Com o avanço das tecnologias, essa lembrança cheia de afeto viu as portas se abrindo para ferramentas cada vez mais sofisticadas. Há outras formas de viajarmos pelo tempo ao traçarmos paralelos entre, por exemplo, a máquina de escrever e os computadores pessoais, as câmeras analógicas e os celulares que filmam em 4K e tantos outros gadgets impensados até o seu surgimento.

Aliás, por falarmos em celulares, eles simbolizam a oportunidade de termos incontáveis possibilidades na palma de nossas mãos. Respostas surgem em poucos cliques ou comandos de voz, as conversas avançam entre chats e eventos com transmissão ao vivo. Considerando os capítulos mais recentes das inovações, não podemos deixar de lado o Metaverso. Mas, antes de qualquer coisa, você sabe o que essa palavra significa e essa novidade pode trazer de mudanças, especialmente na área da Educação?

Primeiro, vamos à origem do termo Metaverso, fruto de uma ficção científica de 1992 chamada “Snow Crash”, do escritor Neal Stephenson. Nessa história, o personagem Hiro Protagonist se divide entre os papéis de um entregador de pizza na vida real e de um hacker samurai no mundo digital. Como vimos, essa ideia de uma nova experiência de vida no mundo on-line não é nova. Aliás, vale lembrar que em 2003, por exemplo, o jogo Second Life foi lançado ​ ​e apresentou um game que possibilitava criar ambientes virtuais em 3D, simulando muitos aspectos do mundo concreto.

Para muitos, esse cruzamento de realidades parece ser algo muito distante, porém, está mais próximo de se concretizar massivamente do que imaginávamos. Em 2021, a realidade virtual foi apresentada de maneira muito mais acessível pelo time por trás do Facebook, que alterou seu nome para Meta. Com esse movimento, Mark Zuckerberg, fundador e presidente da companhia, divulgou uma carta listando as principais mudanças.

​​​ ​“No Metaverso, você será capaz de fazer quase tudo que possa imaginar – reunir-se com amigos e família, trabalhar, aprender, brincar, fazer compras, criar – bem como ter experiências completamente novas, que realmente não se encaixam em como pensamos sobre computadores ou telefones hoje”​, disse ele.​​ ​​​​

Ou seja, no Metaverso será possível reproduzir aspectos da vida ao ponto de termos nossos sentidos estimulados como se estivéssemos diante de uma vivência analógica, concreta. Tal como uma das primeiras ações que utilizou o conceito aqui no Brasil, o lançamento do SUV elétrico da BMW, o iX. Com esta perspectiva, foi possível entrar no veículo, ver texturas e detalhes e até mesmo realizar um test-drive.

Quando transportamos esse conceito para a Educação, o que surge de panorama futuro?

A melhor resposta talvez seja: experiências diversas e incríveis! Por exemplo: que tal visitar a Grécia durante as aulas de História ou dar um passeio pelas ruas de Nova Iorque ou Barcelona na hora de aprender um novo idioma? Isso sem falar nas novas interações entre colegas e professores, rompendo com as limitações impostas pelas telas tão utilizadas durante a pandemia.

​​A partir do mesmo racional, podemos citar a oportunidade de presenciar um fenômeno da natureza por meio de simulações altamente imersivas, uma experiência única e ainda inédita que iremos poder vivenciar quando o Metaverso se popularizar e passar a integrar o dia a dia de escolas e universidades. ​​​​​

E você, ​acredita que essa novidade impactará a Educação? ​​ ​

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